Aí eu bombei ela uma pá de vez.
- E o que aconteceu?
Começou a sangrar. Acho que começou a arregaçar as prega do cú dela, meu. E aí?
- Por que você fez isso?
(olha pra baixo e balança a cabeça chupando os próprios lábios) ...
- O que ela falava?
Falava pelamordedeus, pára, pára, cê tá me arrebentando, seu filhadaputa, pelamordedeus, esses papo.
- O que mais?
Era isso aí, meu. Falava que tava morrendo.
- O que você sentiu?
(balança a cabeça e parece que vai sussurrar algo, mas estanca e olha nos olhos)
(silêncio)
(constrangimento)
- Você gostaria de fazer isso de novo?
Aê, cê tá achando que o baguio é preza? É nada, meu irmão. É louco.
- Por que você fez isso?
(abaixa a cabeça e respira, volta, levanta o queixo em seguida com uma careta de grande esforço)
(olhos nos olhos)
Cê curte uma?
- O quê?
Cê curte uma? Cê sabe.
- Não sei o que é. Você pode me dizer?
Aê, um baguio forte, mano. Trincado.
- Não sei se curto. Nunca experimentei.
No dia que cê’experimentar cê vai ver.
(buzina alta, barulho repetido, motor desligando e som de ventoinha)
- Sua mãe está aí fora te esperando, acho que vamos ter que encerrar por hoje.
Firmeza.
- Até.
Falou.
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Um comentário:
Que medo.
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